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Câncer de Pélvis Renal

Extraído do Manual de Normalização em Cancêr Urológico Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

I – Epidemiologia

Incidência: Representa entre 4% e 9% das neoplasias que atingem os rins e corresponde a menos de 1% dos tumores urogenitais. A idade média dos pacientes envolvidos é de 65 anos e predomina em homens, na proporção de 3:1 em relação às mulheres.

Fatores de Risco: O aparecimento do carcinoma da pélvis renal tem sido implicado com o consumo de cigarros e exposição a agentes ocupacionais (2-naftilamina, benzidina). Relação mais nítida foi observada com a ingestão excessiva de analgésico contendo fenacetina (fator de risco = 4–10 vezes), a presença de nefropatia insterticial dos Balkans e o emprego do contraste radiológico Thorotrast, atualmente em desuso.

História Natural: A sobrevida de 5 anos é de 65% a 82% para os tumores localizados, de 25% para os tumores localmente avançados e de 5% para os tumores metástaticos.

Constituem fatores de risco para progressão e óbito, o estágio da doença, o grau histológico da lesão, o tipo histológico do tumor (epidermóide pior que transicional) e a presença de neoplasia vesical concomitante (sobrevida 50% menor) ou de carcinoma “in situ” local (dobra as chances de recorrência).


II – Patologia

Cerca de 90% dos tumores da pélvis renal são representados pelos carcinomas transicionais e 10% abrangem os carcinomas epidermóides. A agressividade biológica dos carcinomas transicionais é definida pelo grau histológico, sendo que 75% dos tumores de pélvis manifestam-se sob forma de lesões de baixo grau (I ou II).

Cerca de 17% dos pacientes com carcinoma da pélvis renal apresentam tumor vesical concomitante e 1% a 4% evidenciam tumor em pélvis contralateral. Ademais, estas neoplasias disseminam-se por contiguidade, invadindo parênquima renal e gordura peri-piélica, por via linfática, envolvendo os linfonodos regionais ou por via hematogênica, atingindo ossos (40%), fígado (36%), cérebro (8%) e pulmão (4%).


III – Estagiamento (UICC, revisado em 1999)

Tumor Primário (T)

TX - Tumor primário não classificado
TO - Sem tumor primário
Ta - Carcinoma papilar não-invasivo
Tis - Carcinoma “in situ”
T1 - Tumor com invasão da submucosa
T2 - Tumor com invasão muscular
T3 - Tumor invade gordura peri-piélica ou parênquima renal
T4 - Tumor invade estruturas adjacentes à pélvis ou rim

Linfonodos Regionais (N)

NX - Linfonodos regionais não classificados
N1 - Metástase em um linfonodo com diâmetro £ 2 cm
N2 - Metástase em um ou mais linfonodos com diâmetro entre 2-5 cm
N3 - Metástases em um ou mais linfonodos com diâmetro > 5 cm

Metástases à Distância (M)

MX - Metástases à distância não classificadas
MO - Sem metástases à distância
M1 - Metástases à distância

IV – Diagnóstico

Tumor Primário

1. Exames Básicos

.:: Hematológicos: hemograma, creatinina, fosfatase alcalina, transaminases
.:: Urina: sedimento, citológico
.:: Ultrassom do trato urinário
.:: Urografia excretora
.:: Pielografia ascendente

2. Exames Opcionais

.:: Ureteropieloscopia
.:: Biópsia endoscópica
.:: Tomografia computadorizada do abdomem
.:: Angiografia renal

3. Exame Experimenta:

.:: Uroressonância

Metástases

1. Exames Básicos

.:: Hematológicos: transaminases, fosfatases alcalina
.:: Radiografia de tórax
.:: Tomografia de abdomem

2. Exames Opcionais

.:: Cintilografia óssea
.:: Tomografia e ressonância magnética do esqueleto

V – Tratamento

Tumores Localizados (T1 – T3, No, MO)

1. Tratamento Básico

.:: Nefroureterectomia e linfadenectomia regional

2. Tratamentos Opcionais

.:: Ressecção parcial da pélvis (rim único, tumores bilaterais, insuficiência renal)
.:: Ressecção/Cauterização percutânea lombar (tumores de baixo grau, rim único, tumores bilaterais)
.:: Ablação endoscópica com laser (idem)
.:: Irrigação local com BCG (recidiva em rim único)

Tumores Localmente Avançados (T4, NO, MO)

1. Tratamento Básico

.:: Nefroureterectomia seguida quimioterapia sistêmica com M-VAC (4-6 ciclos)

2. Tratamento Opcional

.:: Nefroureterectomia seguida de radioterapia externa

Tumores Metástaticos (T qualquer N1-N3 ou M1)

1. Tratamento Básico

.:: Quimioterapia com M-VAC (4-6 ciclos) seguida de ressecção cirúrgica de lesões residuais.

2. Tratamento Opcional

.:: Quimioterapia com M-VAC (4-6 ciclos) seguida de radioterapia em lesões residuais

VI – Esquemas Terapêuticos

Agente (s)
Produto
Dose
Ciclos
Efeitos Colaterais Principais
M-VAC
       
Metotrexate
Metotrexate
30 mg/m2 EV
dias 1,15,22, repetido a cada 28 dias
Leucopenia, Anemia, Plaquetopenia, Sintomas digestivos
Vinblastina
Velban
3 mg/m2 EV
dias 2,15,22, idem
Constipação intestinal
Doxorubicina
Adriablastina
Dosorrubicina
30 mg/m2 EV
dia 2, idem
Insuficiência cardíaca
Cisplatina
Platiran Cisplatina
70 mg/m2 EV
dia 2, idem
Insuficiência renal Surdez

.:: Repetir a cada 28 dias

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